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Eu no BBB 23

Tem algum elemento mágico nas correntes das águas que nos fazem ser criativos.


Hoje, durante o banho, comecei a me imaginar participando do BBB 23. O melhor da experiência era sair de lá e voltar pra casa. (Milionária, obvio!)


E na minha imaginação eu voltava pra um admirável mundo novo.


Era o final de abril de 2023, e não havia mais registros de nenhum caso de covid em toda a superfície da terra. Bolsonaro estava preso e o Brasil saia do mapa da fome mais uma vez.


A guerra da Ucrânia tinha terminado e as mulheres do Afeganistão tinham direitos e liberdades.


Agrotóxicos já não eram usados nas plantações e quase toda a floresta amazônica estava reflorestada.


Tinham aumentado o salário-mínimo de todas as nações e todas as famílias viajavam nas férias. A jornada de trabalho era de 6 horas diárias e 30 horas semanais. As pessoas liam livros nos parques e iam a teatros nas horas vagas.


Toda instituição era composta de pessoas pretas, brancas, indígenas e amarelas igualmente, assim como de pessoas LGBTQIAP+, imigrantes, mulheres e deficientes.


Não existiam discriminações entre raça, sexo, idade, peso, opção religiosa ou sexual.


Pernilongos estavam extintos.


As pessoas eram felizes e se sentiam bem em seus corpos. E realmente todo mundo estava namorando (meu pai inclusive).


Tinha surgido uma nova fruta, azeda, só que doce também, suculenta, e nascia em todo canto.


Filosofia, educação financeira e sexual eram matérias obrigatórias nas escolas do mundo.


A cura do câncer tinha sido revelada. Não faltava merenda nas escolas. Todas as famílias tinham casa pra viver. A taxa de desemprego tangenciava os zeros.


Não eram mais necessários vistos ou permissões para viajar entre países.


O aumento anormal e constante da temperatura média do planeta havia cessado. A expressão mais buscada no Google era ‘solidificação das geleiras’.


Era seguro crianças brincarem sozinhas nas ruas. E adultos também.


O aborto e a maconha estavam legalizados.


Cuscuz com café tinha ganho a nova categoria de prêmios Nobel, o Nobel da gastronomia.


E tudo isso tinha acontecido porque finalmente os felinos tinham decidido dominar a terra e controlar os humanos para uma melhor e mais justa organização social.


Nessa hora eu já estava me secando o corpo com a toalha de rosto (tinha tirado a toalha pra lavar) e a Libbinha já estava no meu pé bebendo a água que restava do meu banho.


Imaginem só, que bom seria fazer parte do BBB?

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